domingo, 26 de maio de 2013

Média e Modos de Aprendizagem


A sociedade conectada em rede aprende de forma muito mais flexível, através de grupos de interesse (listas de discussão), de programas de comunicação instantânea e pesquisando nos grandes portais. Enquanto a escola mantém rígidos programas de organização do ensino e aprendizagem, inúmeros grupos profissionais trocam experiências de forma muito mais constante e aberta.



Este texto faz referência à forma como as tecnologias online estão a ser utilizadas no ensino/aprendizagem e como se têm vindo a desenvolver e a diversificar. A aprendizagem online é um instrumento de cooperação, colaboração e comunicação que permite a aprendizagem, o ensino, a formação, um apoio constante, através de tecnologias, de orientação, de interacção e de diálogo entre professor e alunos/formandos.
As vantagens que podemos encontrar para esta aprendizagem é a maior flexibilidade para os alunos, uma maior literacia científica, a capacidade de reutilização dos materiais dos cursos, a maior capacidade de transferência de colaboração.

O impacto multimédia no ensino, seja online ou presencial, depende de certos princípios, os quais afectam o impacto multimédia na aprendizagem. Que segundo Mayer (2001, p. 184) citado por Fahy (s/t) são os seguintes:

1. Princípio Multimédia: os alunos aprendem melhor a partir de palavras com gráficos ou imagens do que de palavras isoladas.

2. Princípio de contiguidade espacial: os alunos aprendem melhor quando palavras e imagens correspondentes são apresentadas lado a lado na página ou no ecrã.

3. Princípio da contiguidade temporal: os alunos aprendem melhor quando palavras e imagens correspondentes são apresentadas em simultâneo em vez de sucessivamente.

4. Princípio da coerência: os alunos aprendem melhor quando palavras estranhas, imagens e sons são excluídos em vez de incluídos.

5. Princípio da modalidade: os alunos aprendem melhor a partir de animação e narração sonora em vez de animação e texto no ecrã.

6. Princípio da redundância: as pessoas têm uma capacidade limitada para processar material visual e auditivo que é apresentado simultaneamente, portanto, os alunos aprendem melhor a partir de animação e narração do que uma combinação de animação, geração e texto no ecrã.

7. Princípio das diferenças individuais: os efeitos do desenho são mais fortes para alunos com baixos conhecimento do que alunos com muitos conhecimentos, e para alunos com elevada capacidade espacial do que para alunos de baixa capacidade espacial.

A multimédia é agora uma ferramenta de ensino bastante utilizada, quer no ensino online quer face-a-face, precisamente por combinar vários meios (textos, som, vídeo, animação, etc.). Contudo, ela por si só não garante efectivamente a apreensão da mensagem, pelo que, torna-se necessário alguns cuidados quer na sua produção enquanto material didáctico digital, quer na sua utilização, de modo a que a aprendizagem aconteça de forma mais efectiva. E, os sete princípios de Mayer (2001) acima apontados, orientam-nos nesse sentido.



Para além destes sete princípios, o autor refere que o mundo apresenta-se de uma forma diferente, sendo necessário investirmos neste novo mundo que se conecta, desenvolve e evolui em passos gigantescos. Assim, através das TIC e das ferramentas como: computador, retroprojector, ecrã de televisão, filme, PDA ou smartphone, etc. a criatividade pode criar um ambiente de aprendizagem onde os alunos podem adquirir mais conhecimentos e competências, quer no ensino presencial, quer no ensino online. As ferramentas online incluem impressão e texto, vídeo e gráficos e dispositivos móveis como PDA’s e smartphones.


Impressão e Texto

O texto é a forma de apresentação mais familiar. A impressão era, inicialmente, o meio dominante na educação à distância. Os pontos fortes da impressão e texto passam pelo baixo custo, flexibilidade e robustez, portabilidade e facilidade de reprodução.


Gráficos e Vídeos

Os gráficos podem aumentar a motivação dos utilizadores. As vantagens dos conteúdos de vídeo continuam a ser debatidas. Os gráficos devem possuir características visuais que enfatizem detalhes relevantes para a aprendizagem.

Videoconferência

Permite a aproximação dos utilizadores geograficamente dispersos e diminui a necessidade de deslocação dos alunos. À semelhança de outros métodos, a videoconferência permite o estabelecimento de relações sociais, a partilha de recursos e a cooperação entre os seus utilizadores.

Áudio: IPods, Leitores de MP3 e VoIP

Com o surgimento do IPod que permite a leitura integral de downloads de som e imagem, bem como a partilha em tempo real de ficheiros, ficou claro que este dispositivo poderia constituir um novo recurso para fins educativos.

 O VoIP, tal como outras tecnologias de difusão, foi visto, quando surgiu, como um recurso educativo promissor, dado que permite a ligação de telefones tradicionais aos computadores e a realização de chamadas gratuitas (ex.: Skype) entre os utilizadores.

O áudio online pode ser muito útil no ensino, dado que tem como vantagens: ajudar à memorização, facilitar a organização de ideias, sendo altamente motivador, e promover o desenvolvimento de relações sociais. Associado ao vídeo e à troca de dados, o áudio potencia a troca de informação e ajuda no estabelecimento/fortalecimento de relações sociais.

PDA’s e Internet

Devido às características dos PDA’s, smartphones e outros dispositivos manuais, relativamente à autonomia, recepção wireless, armazenamento de memória, na recepção e suporte de formatos vídeo, podem vir a ser considerados como um recurso potencial no ensino online, a médio prazo.



Os média têm contribuído muito para a expansão do conhecimento, no entanto, é preciso que este não seja mais uma forma de transmitir o saber de uma forma linear, mas sim, que haja uma preocupação de um novo paradigma na aquisição do saber, onde exista: reflexão, investigação, estratégia e qualidade.





Bibliografia


Fahy, P. (2008) “As Características dos Meios de Aprendizagem Interactiva Online”. Athabasca University Press. Tradução de Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira (2011).




Tatiana Serrão 

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